Encontrei a Karol Conka na saída de um evento e pedi essa foto.

Ela foi muito simpática, sorridente como registrado na foto. Falei um pouquinho sobre como admirava seu trabalho e me despedi com um abraço.

 

Comecei a assistir ao BBB assim que soube de sua participação e criei muita expectativa, especialmente porque acreditava que ela iria se mostrar uma mulher empoderada, feminista livre e dona de si e do próprio corpo, como descrita em suas músicas.

Mas, me decepcionei com suas atitudes lá dentro, assim como a grande maioria das pessoas que acompanharam o desenrolar do programa. Comemorei sua saída, porque estava me fazendo mal assistir àquelas cenas e parece que o Brasil todo sentia o mesmo.

 

Não vou ficar tentando analisar a origem de suas atitudes, se são patológicas, se são resultado de uma pressão natural do jogo e da exposição excessiva, se são encenações planejadas.

Apenas quero ressaltar que não importa o que ela tenha feito dentro do reality show, aquilo não é a vida real. Mais do que realidade (reality), aquilo é um show. É sim, um programa televisivo, pensado, planejado e estruturado para que a emissora lucre muito em cima da exposição daquelas pessoas que estão dispostas a isso.

 

E, independente do que a tenha levado a agir da forma terrível como agiu, Karol precisa se cuidar. Precisa de suporte, de acolhimento, de cuidado com sua carreira.

Nada justifica que ela sofra com atitudes semelhantes como protagonizou na TV, ou até piores. O linchamento virtual que vem sofrendo é só mais uma demonstração da terrível polarização que estamos vivendo e do espaço aberto para a livre expressão do discurso do ódio, e de tudo o mais que vem implícito nesses discursos, como machismo, racismo, classismo etc.

 

Espero que ela possa cuidar de sua saúde mental, tanto pelo que demonstrou dentro do programa, quanto pelo cancelamento iminente. Que ela possa tombar, levantar a poeira e dar a volta por cima.