No último dia 13 de junho, o STF (Supremo Tribunal Federal) aprovou a lei que criminaliza atos de preconceitos contra Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Tais atos são conhecidos por LGBTfobia.
Na verdade, não foi criada uma nova lei, mas sim, atos de LGBTfobia são equiparados a atos de racismo, e passam a se enquadrar na mesma lei que penaliza esses atos, a Lei 7.716/1989.
Para a psicologia, essa é uma decisão muito importante e que deve ser comemorada, pois lidamos com o sofrimento humano, e o preconceito de qualquer tipo é um dos maiores geradores de sofrimento humano, levando as pessoas inclusive a desenvolverem depressão, e outros transtornos, chegando até mesmo ao suicídio.
Infelizmente, temos em nosso país um grande preconceito histórico e cultural contra a população LGBT, que nos coloca no ranking do países que mais mata LGBTS no mundo. Somos o país que mais mata Travestis e transexuais.
A cada 20 horas, um(a) LGBT morre no Brasil.
Portanto essa mudança na lei pode ser muito importante para começarmos a mudar essa cultura e cuidar da vidas dessas pessoas, que merecem respeito e dignidade, como qualquer outra.
O Conselho Federal de Psicologia (CFP), comemorou o posicionamento do Supremo e afirmou que este é um avanço para a garantia de cidadania e de direitos e uma compreensão de que todas as pessoas precisam ter sua dignidade respeitada e garantida pelo Estado.
É importante que a LGBTfobia seja criminalizada, porque é inadmissível a possibilidade de uma pessoa ser agredida, assassinada, pelo simples fato de ser quem é.